Devolver é uma Publisher conhecida por abraçar ideias novas
e diferente das vistas nas grandes produções. A bola da vez é Carrion, o metroidvania
que oferece a bizarra e divertida experiência de “terro reverso” produzido pelo
estúdio polonês Phobia Games Studio. Aqui você assume o papel da criatura
monstruosa que deixa rastro de destruição por onde passa.
Mesmo trazendo uma proposta inovadora, Carrion sofre de alguns problemas que prejudicam o ritmo do jogo, fazendo com que sua empolgação despenque. Será que mesmo assim o jogo ainda vale a pena? Então venha descobrir conosco.
Na pele do monstro
No controle da criatura alienígena gosmenta e cheia de tentáculos, seu objetivo é fugir do laboratório subterrâneo. Para alcançar essa façanha, você terá que causar um verdadeiro caos no maior estilo monstro de filme de terror.
Para te fazer sentir um verdadeiro monstro, Carrion te
oferece um verdadeiro cardápio de habilidades, que vai de ser esgueirar por
dutos, puxar objetos e de possuir inimigos. Algumas dessas habilidades são conquistadas no decorrer da jogatina dento de capsulas onde a criatura sofre mutação. Elas irão servir para passar em trechos onde antes eram inacessível, algo padrão no gênero metroidvania.
A criatura possui três formas, essas formas são determinadas pelo quanto de massa a criatura possui. Cada forma possui suas características únicas como tamanho, velocidade e habilidades que além de ajudar no combate, são necessárias para execução de alguns puzzles. Existem possas de liquido acido espalhada pelo mapa para depositar casulos de massa para diminuir o tamanho da criatura, para recuperar massa corporal, você pode devorar os humanos sem amadura, entrando em ponto de save e devorando casulos de massa deixados.
Mesmo com várias habilidades, a criatura não é um ser invencível, para ser sincero, ela é uma criatura bem frágil, basta ser atingida poucas vezes para ser destruída. Você pode “tacar o louco” e sair matando os inimigos no cara a cara, mas o grande charme é abordagem furtiva. O ponto negativo do combate é baixa variedade de inimigos, na maioria das vezes, você se verá encarando os mesmo três tipos de inimigos.
A história de Carrion só serve para dar sentido ao jogo, então não espere por um enredo espetacular. O game ainda possui trechos de flashback onde controlamos uma pessoa em uma investigação sobre a criatura. Esses trechos são interessantes e monstra um pouco sobre a origem da mesma, mas ainda sim não guarda nenhuma surpresa.
Um game bonito, mas com problemas graves de orientação
Phobia Games Studio fez um ótimo trabalho no visual do
monstrão, tanto o designer quanto a movimentação medonha da criatura ficaram
incríveis. Os cenários são bonitos e ricos em detalhes, porém possui pouca
variação de ambientes.
O game possui um bom level designer, sempre te indicando o que deve faz de maneira sutil, porém a falta de um mapa acaba prejudicando os jogadores mais curiosos, que seguem em caminhos alternativos em busca de segredos. A criatura possui um eco localizador que serve para encontrar pontos de save e em cima dos tuneis possuem placas indicando a progressão do jogador no local, mas nada disso substitui o bom e velho mapa.
Além dos problemas de localização, Carrion ainda carece de modos alternativos. Seria interessante ter um modo “new game+” para ajudar a prolongar a experiência com o game, mas isso pode ser adicionado com atualizações futuras.
Veredito
Carrion é um metroidvania diferente e com uma proposta
inovadora que possui bons controles e um combate divertido, mas acaba sendo
prejudicado pela falta de um mapa e cenários muito semelhantes, algo que atrapalha muito o
avanço do jogador e pode drenar toda a sua empolgação. Mesmo com esses problemas,
Carrion ainda é um bom jogo, mas é necessário ter paciência em algumas partes.
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